sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Lixo e Cidadania

=> Elaboração de planos de resíduos sólidos nos municípios

Cuidar do lixo não é uma tarefa fácil. A primeira dificuldade em relação a esse cuidado refere-se ao fato de termos passado grande parte de nossas vidas acreditando que o lixo não é um problema nosso, mas do poder público. Durante um longo período, acreditamos que nossa obrigação, no máximo, era descartá-lo nas lixeiras. Outra questão é a predominância do entendimento que lixo é aquilo que não serve mais e que não tem valor econômico e social.

Entretanto, o lixo não é só um problema do poder público, como também não pode ser considerado algo sem importância monetária e social. No que se as políticas públicas nesse sentido, em 2010, o Brasil aprovou a Política Nacional de Resíduos Sólidos que tem por objetivo organizar a forma como o País trata o lixo, incentivando a reciclagem e a sustentabilidade. Os principais pontos dessa política são:

Fechamento dos lixões: até 2014 não deverão mais existir lixões a céu aberto no Brasil. Eles devem ser substituídos por aterros sanitários que, antes de receber as camadas de resíduos, têm o terreno impermeabilizado, além de possuir um sistema de drenagem. Assim, o lixo é depositado, compactado e aterrado. Debaixo da terra, ele se decompõe. Gera um gás poluente – o metano, e um líquido que pode contaminar o solo – o chorume. Com a essa nova política, em vez de ser jogado na atmosfera, ou simplesmente queimado – como é feito nos lixões – o metano deverá ser captado e reaproveitado para gerar energia elétrica.

 Só rejeitos poderão se encaminhados para os lixões: Os rejeitos são aquela parte do lixo que não têm como ser reciclada. Apenas 10% dos resíduos sólidos são rejeitos. A maioria é orgânica (que em compostagens pode ser reaproveitada e transformada a em adubo).

Elaboração de planos de resíduos sólidos nos municípios: Os planos municipais serão elaborados para ajudar prefeitos e cidadãos a descartar de forma correta o lixo.
Nesse último ponto tratado pela política, fica claro que para além do dever das esferas públicas a participação de cada indivíduo tem um papel fundamental no cuidado com o lixo. Entender qual o seu papel na solução desse problema é essencial, pois fica claro que as políticas públicas sem participação social não serão suficientes para resolver esse problema. Os dados publicados na última edição da revista “Consumidor Teste” ratificam essa questão:

·        766 cidades brasileiras (14% do total) contam com coleta seletiva, mas 18% do que é coletado não pode ser reciclado, pois o descarte foi feito de maneira errada.
·        95% de um produto eletrônico podem ser reaproveitados. Plástico e metal representam, em geral, 70 a 80% do seu peso.
·        Estima-se que cerca de R$ 8 bilhões é o valor anual que pode ser gerado a partir do que jogamos fora no Brasil. O reaproveitamento de resíduos pode proporcionar economia e diminuir a pressão sobre o meio ambiente, além de criar emprego e renda.

Existem algumas iniciativas de entidades civis, governamentais, de associações e empresas voltadas para esse tema, investindo em projetos e que orientam e incentivam a população a se responsabilizar também sobre seu lixo e disseminando conceitos para reduzir, reutilizar e reciclar o lixo. No entanto, para que essas campanhas sejam eficientes, é preciso que todos entendam que cuidar do lixo é uma questão de cidadania.
Dessa forma, reproduzimos, abaixo, as dicas sobre o tema para que você possa fazer a sua parte:

Para colaborar com o trabalho dos catadores e das indústrias de reciclagem, o lixo seco deve ser descartado limpo e, de preferência, sem mistura de materiais. Por exemplo, os rótulos das garrafas pets devem se retirados; potes plásticos devem ser lavados e os papeis não deve estar sujos com comida. Os lixos podem ser separados em diferentes sacos e, caso não haja coleta seletiva no seu bairro, as embalagens podem ser entregues no próprio supermercado.

Nunca jogue o óleo de fritura na pia ou no ralo. O ideal é guardá-lo em garrafas de refrigerante e entregar num posto de coleta. Confira aqui a lista nacional de postos de coletas.

Em caso de “resíduos tecnológicos” (lâmpadas, produtos eletrônicos, pilhas e baterias). Caso não tenha informação expressa no produto, busque junto ao fabricante instruções sobre onde  descartá-los.

 Garrafas, copos, lâmpadas queimadas, vidros, espelhos, lâminas de barbear, seringas, agulhas e outros materiais quebrados ou que possam quebrar, devem ser embrulhados em jornais ou depositados em recipientes rígidos, que não se rompam facilmente.

Os medicamentos também demandam um cuidado especial, pois se o descarte não for feito em locais adequados, pode haver a contaminação do solo e da água. Para facilitar o descarte correto deste resíduo, como não há uma lei que regulamente o descarte de remédios, o consumidor deve pesquisar em sua cidade quais sãos pontos de coleta. Os laboratórios e postos de saúde são responsáveis pelo descarte apropriado e algumas farmácias também recolhem os produtos.

Para os mais disciplinados fica a dica da maneira mais correta de separar o lixo:

Saco 1 – papéis (jornais, revistas…)

Saco 2 – vidros (lâmpadas, garrafas..)

Saco 3 – plástico ( brinquedos, garrafas …)

Saco 4 – artigos de borracha

Saco 5 – entulhos (madeira, cimentos…)

Saco 06 – metais diversos (lata, arames…)

Saco 07 –  objeto perigosos (como baterias em geral, pilhas e lâmpadas fluorescentes)

Saco 08 –  orgânicos (restos de comidas)

Saco 09 – papéis usados (papel higiênico, guardanapos …)

Fonte: Revista Consumidor Teste

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A onda é R E U T I L I Z A R!!!

Boa sorte com sua imaginação



Materiais reciclados forrados para decoração. Inspire-se nessa onda





Simples assim.


Empresa Brasileira desenvolveu papel de embalagens de biscoito, picolé, salgadinhos, sacolas plásticas e outros rótulos


Imagine um papel que não amarela e nem molha, não rasga facilmente e pode ser usado normalmente para escrita ou impressão. Esse produto existe e tem tecnologia 100% brasileira, resultado de uma parceria entre a empresa Vitopel e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior paulista. Apesar de ter o aspecto do material de origem vegetal, o papel, na verdade, é feito de plástico e foi desenvolvido a partir da reciclagem de embalagens de biscoito, picolé, salgadinhos, sacolas plásticas e outros rótulos. Batizado de Vitopaper, o produto se assemelha ao papel couché, com superfície muito lisa e uniforme, e já foi empregado na confecção de livros, relatórios empresariais e até cadernos. A cada tonelada de Vitopaper produzida, estima-se que 750 kg de plástico deixem de ir para os depósitos de lixo.
O Vitopaper é o primeiro papel sintético produzido com material reciclado “pós-consumo”. A principal matéria-prima são os polipropilenos biorientados (BOPP/PP), usados na produção de embalagens flexíveis, como as de barrinhas de cereais. Até então, o PP não tinha uma cadeia de reciclagem ativa e, ainda que reciclado, acabava parando em lixões e aterros sanitários. Uma das vantagens é que o papel é fabricado nas mesmas máquinas que produzem as embalagens. “Nossa preocupação era não desenvolver um subproduto, como as vassouras feitas de plástico, e conseguir adotar a mesma tecnologia que já usamos nas embalagens flexíveis”, afirma Patrícia Gonçalves, Gerente de Produtos da Vitopel.

A diferença principal em relação à fabricação do BOPP/PP – e segredo guardado a sete chaves – é o acréscimo de aditivos para conferir ao produto o aspecto de papel. “As embalagens são cortadas, passam por uma lavagem e se transformam em pequenas bolinhas, que chamamos de pellets. Esse material recebe aditivos e é esticado em uma máquina, se transformando num filme bem fino”, explica Patrícia. Para completar o processo, depois de cortado, o papel sintético recebe descargas elétricas como parte de um tratamento de superfície. O projeto levou cerca de três anos para ser desenvolvido e contou com a participação do Departamento de Engenharia de Materiais da UFSCar.

À receita do papel sintético, a universidade acrescentou a possibilidade de se incorporar outros tipos de plásticos, mais uma inovação do produto. Com isso, passaram a compor a fórmula o polietileno de baixa densidade (usado para confeccionar as sacolinhas de supermercado), o polietileno de alta densidade (frascos de produtos de higiene e limpeza) e o poliestireno (embalagens de iogurte e copos descartáveis). Até então, não havia, no mundo, tecnologia que empregasse fontes tão diversas. Para viabilizar a fabricação, a Vitopel firmou parceria com associações de reciclagem de Votorantim (SP), onde a unidade de produção da empresa está sediada.

Em sua composição, 75% do Vitopaper, que está há cerca de três anos no mercado, é de material reciclado e ele é 100% reciclável. Com coloração perolada, o produto pode receber todas as tonalidades durante a impressão. Uma das limitações do papel é que não pode ser usado por impressoras caseiras. Os modelos a laser também são vetados, pois o material não resiste a temperaturas acima de 120ºC. Em compensação, água não é problema para o papel de plástico, que não absorve líquidos. Em relação à escrita, a única limitação são as canetas tinteiras – lápis e consequentemente borrachas, além das canetas esferográficas estão liberados. O uso para embalar alimentos também é proibido, por ser um produto reciclado, e seu uso, por enquanto, se limita à indústria gráfica.

Resistente a traças, o papel sintético não tem prazo de validade. “O livro vai durar tanto quanto seu conteúdo”, comenta Patrícia. O produto já foi empregado na produção de livros como o infanto-juvenil Guerra e Paz, de Eraldo Miranda, ilustrado por Marcelo Alonso. A obra é inspirada nos painéis homônimos de Cândido Portinari.

A Petrobras é uma das empresas que usou o Vitopaper na confecção do seu relatório anual, e o Ministério das Relações Exteriores prepara resumo sobre a Rio+20 também produzido com o material. Além desses volumes, o produto já foi usado em cardápios, revistas e cadernos. Até agora, a estimativa é de que mil toneladas do papel tenham chegado ao mercado.

Um dos entraves para a disseminação do Vitopaper é o fato de ele ser mais caro que o papel convencional. Dois motivos pesam nesse aspecto: a ausência de uma grande escala de produção e os impostos. Ao contrário do papel de celulose, que para aplicação de livros e periódicos é isento de impostos, o Vitopaper conta com os tributos. A isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) foi conquistada em 2011, mas o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) continua pesando. Por causa disso, ele fica 18% mais caro, percentual de ICMS aplicado em São Paulo.

(Fonte: Correio Braziliense, 08 de janeiro de 2013)




sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Muitas idéias para reaproveitar um pouco de tudo

Reaproveite água da chuva, economize na conta e ajude o Planeta. Idéias 
do Planeta Água


Com isso em mente, em Portugal, a companhia de água, criou um trabalho com os designers do grupo Colectivo da Rainha, em Lisboa, para desenvolver usos alternativos para garrafas de água, e o resultado foram essas casas de pássaros.


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Arquiteto dominicano projeta ciclovia elevada


O arquiteto dominicano Richard Moreta Castillo,  propôs uma solução inovadora para os ciclistas que moram em cidades congestionadas.  Ele projetou o Bicimetro Eco Bahn, que é um caminho elevado de 10 km para bicicletas, segundo informações do site Inhabitat. Uma grande solução para cidades brasileiras que poderiam fazer das bicicletas um meio de transporte viável e seguro.