segunda-feira, 17 de março de 2014

Mercado aposta em telhas solares capazes de substituir painéis fotovoltaicos


A rejeição de algumas pessoas aos modelos espaçosos e pesados dos painéis fotovoltaicos (que convertem a energia do sol em eletricidade) fez com que duas empresas italianas desenvolvessem a Tegola Solare, uma telha dotada de componentes mais leves e capazes de incorporar a tecnologia solar aos materiais convencionais.

Produzida com o objetivo de gerar mais ganhos de eficiência e estética, a Tegola Solare é uma telha cerâmica normal à qual foram incorporadas quatro células fotovoltaicas.

O mercado da arquitetura sustentável esta em franca expansão, sempre com o aparecimento de novas tecnologias.Uma dessas novidades são as telhas solares que vem conquistando o público no quesito estética. Cada vez mais os fabricantes procuram unir a funcionalidade juntamente com a estética e é o que esta acontecendo no mercado de painéis solares.

Segundo as empresas Area Industrie Ceramiche e REM, a inovação pode ser aplicada em qualquer telhado uma vez que a superfície "solar" é adaptável em relação as telhas comuns.


Em caso de dano, apenas se substitui a telha, uma operação fácil e barata pela própria natureza modular do telhado tradicional. A fiação segue sob o telhado para o conversor. De acordo com o fabricante, uma área de 40 m² gera cerca de 3kw de energia.

Investimento

Um dos benefícios da telha solar é a economia que pode ser gerada na conta de luz, além de se considerar a questão ambiental, pois a energia do sol é renovável, alternativa as fontes provenientes de combustíveis fósseis. O investimento que pode parecer alto no início, é salvo depois de alguns meses.


Veneza, na Itália, é uma das principais cidades do mundo a contar com um bom número de instalação das telhas solares. Empresas norte-americanas e europeias têm desenvolvido vários modelos nos quais é permitido instalá-las em qualquer telhado.

Como nem tudo são flores, essas telhas ainda são mais caras do que os painéis convencionais (que no Brasil custam a partir de R$ 17 mil) e encontrar instaladores não é tarefa fácil.

Para uma tecnologia desse tipo ganhar corpo no Brasil, seria necessário que o governo diversificasse mais a matriz energética do país, oferecendo mais subsídios para a energia solar, o que atrairia empresas interessadas em produzir inovações semelhantes.


sexta-feira, 14 de março de 2014

Seis perguntas do consumo consciente




No Dia do Consumidor, comemorado em 15 de Março, o Instituto Akatu  indica um roteiro prático com as seis perguntas que orientam o consumo consciente no dia a dia.

O consumo de produtos e serviços acontece de modo automático e muitas vezes impulsivo. É comum não pensarmos em nada além da compra do objeto de desejo em si. Conhecer só essa parte e não o todo da história envolvida no consumo leva as pessoas a não se darem conta do seu poder de transformar a sociedade, a economia e o meio ambiente com as escolhas que fazem. Por isso, no Dia do Consumidor comemorado mundialmente no dia 15 de março, convidamos todos a conhecerem mais sobre como consumir conscientemente. Nesta data, o Instituto Akatu também completa 13 anos de existência.

O ato de consumo consciente começa com uma análise prévia da necessidade: é realmente preciso comprar ou trocar? Decidido que sim, o consumidor se informa sobre os impactos individuais, sociais, econômicos e ambientais do produto que deseja. Depois decide sobre qual o local ou serviço que usará para comprar e escolhe o fabricante de acordo com a sua responsabilidade socioambiental na produção. Por fim, faz um uso otimizado do produto para ele ter uma vida útil mais longa e gastar menos recursos (como energia e água), e define uma forma de descarte adequada. Só assim – tomando decisões conscientes em cada uma dessas fases, o consumidor poderá comparar e escolher a melhor opção.

Essas etapas podem ser resumidas num roteiro com seis perguntas que ajudarão você a consumir conscientemente e, assim, ajudar a construir uma sociedade de bem-estar com “o suficiente, para todos, para sempre”. Elas também serão disseminadas nas redes sociais do Akatu e dos nossos parceiros e apoiadores com as hashtags #DiaDoConsumidor e #6PerguntasConsumoConsciente. Conheça o passo a passo e divulgue para seus amigos!

SEIS PERGUNTAS DO CONSUMO CONSCIENTE

1. Por que comprar?

Pergunte-se, antes da compra, se você realmente precisa do produto ou se está sendo estimulado por propagandas ou impulso do momento, que podem levá-lo a comprar mais do que necessita ou pode comprar. É importante lembrar os limites planetários e o que realmente é importante na vida de cada um. Isso muitas vezes vai significar “ter” algo não material no lugar do material, como dedicar mais tempo a atividades com a família e os amigos.

2. O que comprar?

É neste momento que definimos qual produto queremos comprar, ao analisar o que as opções disponíveis oferecem e escolhendo as características que realmente atendem às nossas necessidades. Atributos demais que nunca serão usados são puro desperdício. Busca-se definir também a qualidade e durabilidade do produto, suas características de segurança no uso e outros critérios que permitam selecionar sua escolha.

3. Como comprar?

Devo comprar à vista ou a prazo? Conseguirei manter as prestações pagas em dia? Vou comprar perto ou longe de casa? Como vou buscar e levar minhas compras? De carro, ônibus, bicicleta, a pé? Em sacolas plásticas, sacolas duráveis, caixas de papelão? Fazer compras de bicicletas no final de semana com a família pode ser divertido e uma ótima experiência para todos.

4. De quem comprar?

Ao escolher a empresa fabricante do produto a ser comprado, é importante considerar as características de produção, o cuidado no uso dos recursos naturais, o tratamento e a valorização dos funcionários, o cuidado com a comunidade e a contribuição para a economia local. Assim, o consumidor pode reconhecer com suas escolhas as empresas que melhor cuidam da sociedade e do planeta, além de atender às características definidas na etapa “o que comprar?”.

5. Como usar?

É essencial encontrarmos formas de usar de maneira consciente os produtos e serviços adquiridos de modo a evitar a troca sucessiva de itens sempre que algo novo surge no mercado ou entra na moda. Alguns exemplos: ser cuidadoso no uso, usar os produtos até o final da sua vida útil, consertá-los se quebrarem antes de pensar em comprar um novo, desligar aparelhos eletrônicos quando não estão em uso e usar apenas a água necessária nas diversas atividades domésticas.

6. Como descartar?

É o momento de se perguntar se o que se quer descartar não tem mais nenhuma utilidade, seja para você ou para outras pessoas. Caixas e embalagens podem se transformar em brinquedos para as crianças, e roupas antigas com nova costura, móveis reformados e eletrodomésticos consertados podem ser doados ou trocados. Quando realmente não houver novos usos para o produto, deve-se descartar os resíduos de maneira correta, buscando enviar o que for possível para a reciclagem. E sempre lembrar que não existe “jogar fora”: o “fora” é o nosso planeta, onde todos vivemos.


Fonte Akatu

quarta-feira, 12 de março de 2014

Sistema utiliza esgoto e chuva para regar paredes e telhados verdes de edifícios


 Um novo sistema criado pela empresa brasileira Ecotelhado traz uma inovação para o mercado da construção civil mundial. Chamado de “Sistema Integrado Ecoesgoto”, ele trata todos os resíduos orgânicos do edifício, provenientes das descargas de sanitários, papel higiênico e restos de alimentos, e os reutiliza na irrigação de jardins, assim como nas coberturas e paredes verdes.

Enquanto nos EUA e na Europa, o sistema é alternativa sustentável para descentralizar o tratamento de esgoto e reaproveitar a água em caso de calamidade, no Brasil e em outros países da América Latina, África e Ásia, a tecnologia pretende resolver problemas de saneamento básico, ainda tão presentes. Além disso, hoje, a água vem de lugares distantes, e, após ser usada, é enviada também para longe para ser tratada, ou, simplesmente, é despejada em rios e córregos sem tratamento algum.
 O sistema integra o tratamento de resíduos orgânicos dentro do próprio empreendimento. A água tratada por um filtro biológico é utilizada para regar telhados verdes e jardins verticais. O sistema também prevê a captação e reutilização da água da chuva.

O projeto, que não usa produtos químicos e necessita de pouca manutenção, também economiza energia, pois o processo evaporativo – por meio da parede e da cobertura verde – cria uma barreira contra o frio e o calor, gerando economia em sistemas de condicionamento.

Por ser tão completo e sustentável, um edifício que utiliza o sistema integrado pontua em todas as exigências para obtenção dos principais selos de construção sustentáveis do mundo.

  João Feijó, engenheiro agrônomo e diretor da Ecotelhado, explica que o sistema foi criado com o objetivo de promover uma solução sustentável para a irrigação de paredes e coberturas verdes. “Essas estruturas ajardinadas consomem muita água, e, o que era para ser sustentável por trazer o verde à cidade e diminuir o CO2, acaba se tornando um grande problema por consumir muita água, já tratada. Além disso, as plantas preferem a água tratada pelo vermifiltro, que não possui cloro e contém microrganismos, essenciais para a vida das plantas.”

Segundo Feijó, a infraestrutura verde precisa entrar no planejamento das cidades. “É a resposta mais inteligente para diversos problemas urbanos. Se os telhados e paredes verdes devem prosperar, primeiramente devemos repensar o tipo de água que também vamos usar”, finaliza.

Mayra Rosa - Redação CicloVivo


sexta-feira, 7 de março de 2014

A Cidade que Poupa Água - Cultura para a sustentabilidade

O projeto “Zaragoza, cidade que poupa água” visa resolver os problemas da escassez de água com uma abordagem mais barata, ambientalmente mais amigável e sem confrontos sociais: aumentar a eficiência na sua utilização.

Descrição:

O projeto “Zaragoza, cidade que poupa água” visa resolver os problemas da escassez de água com uma abordagem mais barata, ambientalmente mais amigável e sem confrontos sociais: aumentar a eficiência na sua utilização, já que em em 1997, 60% dos habitantes da cidade desconheciam qualquer método de economia de água. Desta forma, a cidade pretendia também oferecer um modelo para os mais de 8.000 municípios espanhóis que gastam acima de 1.500 hm3 de água anualmente.

Em 1997, foi anunciado um desafio coletivo: poupar 1 bilhão de litros de água por ano.

Como motor para alcançar tal objetivo, utilizou-se dois principais motivadores para uma mudança de comportamento: conscientização e incentivos econômicos.

A primeira fase foi uma campanha de sensibilização sobre a importância da redução do consumo de água sob aspectos ambientais e financeiros, enviando principalmente folhetos informativos para casas e também informações mais detalhadas para empresas de arquitetura, construção civil, encanadores e distribuidores de produtos de construção, com o objetivo de implementar mudanças já na fase de planejamento, construção e manutenção de casas. A segunda parte foi o fomento do desenvolvimento e comercialização de soluções para a diminuição do consumo, desde pequenas peças para controlar o fluxo de água em torneiras ao planejamento de áreas públicas levando em conta a minimização do desperdício.       

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